Quem lucra com o fogo na Amazônia – Detenham a sojeira Cargill

Queimada na floresta + logo da Cargill Floresta desmatada (© Rettet den Regenwald / Mathias Rittgerott)
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Enquanto as florestas estão queimando, a Cargill, a maior comerciante de bens agrários do mundo, pode lucrar. A Cargill - declarada por ambientalistas como "a pior empresa do mundo", responde há décadas por destruição ambiental e violações de direitos humanos por causa da soja e da carne na América do Sul. Precisamos deter a Cargill!

Apelo

Para: À Gerência Executiva do McDonald’s, Burger King, Aldi, Edeka, Unilever e outros

“A Cargill é responsável por destruição ambiental e violações de direitos humanos. Urge dar um fim nisso! Por favor, não comprem mais nada da Cargill!”

Abrir a petição

A destruição do meio-ambiente tem diferentes faces. Produtores de chocolate, empresas de óleo-de-palma, cadeias de fast food– todos contribuem para o declínio de florestas, savanas e outros ecossistemas da Terra.

Uma firma só, porém, consegue fazer todos os outros parecerem pequenos: é a Cargill.

Se os outros são piranhas, a Cargill é o tubarão-branco. A multinacional americana tem “80 anos contínuos de uma suja história de hipocrisia, fraude e destruição”, tendo sido declarada pela organização Mighty Earth como “a pior empresa do mundo”. Esse relatório descreve como a Cargill tira proveito da destruição do meio-ambiente e da exploração das pessoas.

No Brasil, Argentina, Paraguai e Bolívia, a Cargill está envolvida na destruição de vastas áreas dos ecossistemas da Amazônia, do Chaco ou do Cerrado com vistas à produção de soja ou carne bovina.

Na Costa do Marfim e em Gana, a Cargill compra até cacau cultivado em áreas de proteção ambiental e em parques nacionais. A firma parece aceitar até mesmo cacau colhido por trabalho infantil.

Na Indonésia, a Cargill compra óleo de palma de empresas que desmatam ilegalmente e, que muitas vezes, estão envolvidas em trabalho escravo e infantil.

Para a Cargill, o lucro está acima da moral.

Já há muitos anos a Cargill vem prometendo eliminar de sua cadeia de fornecedores agentes envolvidos destruição de florestas e violações de direitos humanos. A promessa da Cargill é uma grande mentira.

Nós, consumidores, não temos muito como evitar os produtos da Cargill, mas os fregueses dela – tais como redes de restaurantes, supermercados e conglomerados alimentícios como McDonald’s, Burger King, Aldi, Edeka, Unilever e centenas de outros - podem fazê-lo!

Nós reivindicamos dessas firmas: deixem de comprar produtos da Cargill! E se os comprarem, não escondam de nós que o fez!

Mais informações

Você pode obter informações adicionais clicando nos links abaixo:

https://www.nytimes.com/2017/02/24/business/energy-environment/deforestation-brazil-bolivia-south-america.html?_r=1

https://grist.org/article/how-cargill-went-from-corporate-climate-hero-to-the-worst/?utm_medium=email&utm_source=newsletter&utm_campaign=daily

https://www.theguardian.com/sustainable-business/2015/dec/07/food-climate-footprint-cargill-tyson-yara-netherlands

https://news.mongabay.com/2019/07/cargill-rejects-cerrado-soy-moratorium-pledges-30-million-search-for-ideas

https://grist.org/article/cargill-promised-to-end-deforestation-its-telling-farmers-something-else/

https://www.cargill.com/news/releases/2014/NA31693655.jsp

A empresa Cargill

Cargill, empresa do estado americano de Minnesota é a maior empresa dos EUA cuja propriedade é de uma família. A nenhuma outra família do mundo pertencem tantos bilionários.

Abaixo, informações detalhadas, sobre a empresa, tirada do relatório "Cargill - The Worst Company in the World" (“Cargill – A pior companhia do mundo” – tradução para o português disponível neste link):

"Across the South American frontier, Mighty Earth has tracked Cargill’s footprint. The 2017 report “The Ultimate Mystery Meat” investigated 28 different locations across 3,000 km of soy producing areas in Brazil and Bolivia. It showed that Cargill was one of the two largest customers of industrial scale deforestation. In addition to their role in creating a market for deforestation-based soy, the report found that Cargill finances land-clearing operations deep in virgin forest, building silos and roads, then buying and shipping grain to the US, China, and Europe to feed chickens, pigs, and cows.

In a follow-up report one year later Mighty Earth found that Cargill was still driving deforestation at some of the same sites first visited, despite the scrutiny. Between Cargill and its doppelganger Bunge, they had cleared the equivalent of 10,000 football fields for soy. Indigenous Peoples who depend on forests have been forced off of their traditional lands, had their land encroached upon by soy plantations, and have experienced sharp increases in cancer, birth defects, miscarriages, and other illnesses linked to pesticides and herbicides used to grow soy."

Cargill and cocoa

"Cargill is one of just three companies that controls more than half of the global trade in cocoa, the raw material for chocolate. In 2017, Mighty Earth investigations traced cocoa from illegal operations in national parks, through middlemen, to these traders, who then sold it onto Europe and the United States where the world’s confectionary companies made it into chocolate. A 2018 report showed that in many places, deforestation had actually increased.

Ghana and Côte d’Ivoire are the world’s two largest cocoa-producing countries, and in both, the market for cocoa has been the primary driver of forest destruction. Investigation found that, for years, Cargill helped to drive the destruction of these countries’ forests to grow cheap cocoa — buying cocoa grown through the illegal clearing of protected forests and national parks as a standard practice.

As of 2015, an estimated 2.12 million West African children were still engaged in harvesting cocoa. Cargill’s current low-ambition pledge is to reduce – not eradicate – the “worst forms” of child labor in cocoa by 70% by 2020."

Cargill and palm oil

"As one of the world’s largest importers and exporters of palm oil, Cargill has helped drive the alarming destruction of tropical rainforest and carbon-rich peatlands, contributing significantly to climate change and the deaths of more than 100,000 orangutans. The company has purchased palm oil from rainforest destroyers who have devastated the traditional territories of indigenous communities, and illegally burned rainforests and trafficked in slaves and child labor. Executives from one of its suppliers were fined and jailed for causing forest fires — contributing to a toxic haze from fires lit by palm oil and timber companies."

Fast food chains amongst biggest customers

"McDonald’s is probably Cargill’s largest and most important customer. McDonald’s restaurants are essentially storefronts for Cargill. In the USA and Europe, Cargill not only provides chicken and beef to McDonald’s , they prepare and freeze the burgers and McNuggets, which McDonald’s simply reheats and serves.

Burger King’s practice in the USA and Europe of selling meat linked to Cargill and other forest destroyers has earned the fast food giant a ‘zero’ on the Union of Concerned Scientists deforestation scorecard. Burger King has asked Cargill to stop destroying forests in their supply chain…by 2030 – much too late."

Pledge to end deforestation

"In 2014 at the United Nations Climate Summit, Cargill CEO David MacLennan stood beside UN Secretary General Ban Ki-moon to pledge action on climate change by “eliminating deforestation from the production of agricultural commodities such as palm oil, soy, paper and beef products by no later than 2020.” Cargill supported the “New York Declaration on Forests“ - an empty promise."

Carta

Para: À Gerência Executiva do McDonald’s, Burger King, Aldi, Edeka, Unilever e outros

Excelentíssimas Senhoras, Excelentíssimos Senhores,

A Cargill é um dos vossos principais fornecedores – e essa firma foi declarada por ambientalistas como sendo “a pior empresa do mundo”. Conforme um relatório da organização Mighty Earth, a Cargill segue um “modelo permanente e perturbador de fraude e destruição”. Segundo o relatório, a firma é responsável por enorme destruição ambiental e violações de direitos humanos, tais como:

- No Brasil, Argentina, Paraguai e Bolívia, a Cargill está envolvida na destruição de extensas áreas dos ecossistemas da Amazônia, do Chaco e do Cerrado para a produção de soja e carne bovina. A Cargill tira proveito, em benefício próprio, da desastrosa política do Presidente Jair Bolsonaro contra populações indígenas e o meio-ambiente.

- Na Costa do Marfim e em Gana, a Cargill compra cacau produzido em áreas de proteção ambiental e até mesmo em parques nacionais. A Cargill parece aceitar até mesmo o cacau cuja produção é baseada em trabalho infantil.

- Na Indonésia e na Malásia, a Cargill compra óleo de palma de firmas que derrubaram e queimaram a floresta tropical ilegalmente, e em cuja produção foi usado trabalho escravo.

Já há muitos anos que a Cargill vem prometendo eliminar de sua cadeia de fornecedores os envolvidos com destruição das matas e do meio-ambiente e com violações de direitos humanos. Isto é uma grande mentira. A Cargill continua metendo suas máquinas de desmatar (bulldozers ou tratores-esteira) em ecossistemas intactos.

O mais tardar a partir da publicação do relatório, os senhores têm conhecimento dos inescrupulosos métodos da Cargill. Caso vossa empresa, mesmo assim, continue adquirindo produtos da Cargill, estará aceitando e apoiando conscientemente este crime contra a natureza e as pessoas.

Só existe uma única solução: não compre mais nada da Cargill, até que a empresa mude a sua filosofia.

A Cargill precisa fazer o seguinte:
- acabar com o desmatamento e a destruição ambiental ao longo de sua cadeia de fornecedores, na íntegra;
- garantir transparência total quanto à aquisição e à sua cadeia de fornecedores;
- introduzir métodos de produção agrária compatíveis com a conservação do meio-ambiente;
- acabar com o trabalho infantil.

Chega de mentiras!

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