Protesto mostra resultado: Potenciais investidores do oleoduto da Total estão abandonando o barco

Girafas na África do Sul A exploração de petróleo no Parque Nacional Murchison Falls e a construção de oleoduto que passaria por outras áreas protegidas prejudicaria diversas espécies animais (© Mathias Rittgerott)

11 de nov. de 2022

O conglomerado petrolífero TotalEnergies, aparentemente, está tendo, cada vez mais problemas com o financiamento do oleoduto FACOP, na África do Leste. 24 grandes bancos e 18 companhias de seguro já confirmaram que não querem ter mais nada a ver com o projeto na Uganda e na Tanzânia. Para isso, contribuiu o protesto da rende mundial StopEACOP, à qual pertence a “Salve a Selva”.

Em outubro de 2022, mais quatro bancos e cinco companhias de seguro asseguraram que não apoiarão a construção do oleoduto. Dentre as instituições que cancelaram a participação estão o Deutsche Bank, DZ Bank (Volksbanken), Barclays, Citi e HSBC, bem como as companhias de resseguro  e seguro Zurich, Allianz e Axa.

A construção do oleoduto deve custar 5 bilhões de euros, do quais 3 bilhões tem de ser financiados. Por trás do projeto está a petrolífera francesa TotalEnergies e a China National Offshore Oil Corporation (CNOOC). O petróleo a ser um dia explorado nos campos Tilenga e Kingfisher na Uganda deverá ser transportado para o porto exportador Tanga, na Tanzânia, pelo oleoduto chamado East African Crude Oil Pipeline (EACOP). com extensão de 1.443 Km.

A razão de os banqueiros estarem agora assustados com o projeto está na pressão pública, exercida pela rede mundial StopEACOP. Parte deste protesto é a petição de “Salve a Floresta”, a qual se manifesta contra a busca de petróleo no Parque Nacional Murchison Falls. A petição pode ser encontrada em e aqui.

Por favor, assine e compartilhe a petição com bastante gente, porque o protesto internacional está mostrando que faz efeito. No entanto, o projeto ainda não foi abandonado.

Recentemente o Parlamento Europeu, em uma Resolução advertiu para as trágicas conseqüências do projeto para o meio-ambiente e o clima, bem como condenou as violações de direitos humanos.

Estudo: 98% das emissões de gases de efeito estufa são escondidas

O tamanho da importância de se impedir a construção desse oleoduto é mostrada por  um atual estudo, segundo a qual a realização do projeto causaria emissões de gases de efeito estufa tão altas como Uganda und Tanzânia, juntas, emitiram em um período de 25 anos. O cálculo de emissões no montante de 379 milhões de toneladas considera não apenas as emissões causadas pela construção e financiamento do oleoduto,mas também o planejado transporte das 848 milhões de barris com petróleo não-refinado, por exemplo, para a Europa, o processamento, e finalmente, o consumo pelo freguês final.   Este percentual perfaz 98,2% das emissões totais e é ocultado nas descrições do projeto.

Novo filme mostra as vítimas e o movimento de resistência

A coligação StopEACOP publicou um filme de 43 Minuten chamado "A crude reality“ , cujo tema é a oposição contra o oleoduto. No filme, é dada a palavra a diversas pessoas que seriam afetadas, as quais, inclusive, por causa do projeto, já perderam suas terras e suas fontes de subsistência. Maxwell Atuhura, um parceiro de “Salve a Floresta”, descreve, no filme, os danos ambientais causados. A TotalEnergies não estaria cumprindo suas promessas.

Como a firma poderia ter controle sobre os gravíssimos efeitos causados ao meio-ambiente, se já agora ela fracassa no controle quanto à poluição ambiental do ar causada por fuligem?

(Por favor, ative no YouTube a exibição de legendas.)

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