Brasil: Após dois anos, morte da liderança indígena Sarapó Ka’apor continua sem resposta
Sarapo (© TUXA TA PAME)
10 de abr. de 2024
Morto em condições estanhas em 2022 após comer dois peixes doados por um vizinho, o líder indígena Sarapó Ka’apor foi enterrado sem que seu corpo tivesse passado por necropsia. O estado, de formas sucessivas, omitiu-se em diversos momentos da morte da liderança. Reportagem mostra que nenhuma investigação foi conclusiva até agora.
A liderança indígena Sarapó Ka’apor morreu de maneira suspeita em maio de 2022. Ele comeu dois peixes que recebeu de um vizinho da Terra Indígena Alto Turiaçu, no Maranhão, onde vivia. Horas depois, durante a madrugada, passou muito mal. Sentiu fortes dores, sangrou e espumou pela boca. Seus parentes chegaram a socorrê-lo ao hospital, mas Sarapó não resistiu e morreu. Para quem convivia com ele e conhecia sua história de luta pelo território e contra a invasão de madeireiros e caçadores ilegais, a morte pode ter sido por envenenamento. O homem que deu os dois peixes a Sarapó mudou-se da região, e ninguém mais tem notícias dele.
Após quase dois anos da morte de Sarapó Ka’apor, o caso continua sem solução. O jornalista Rubens Valente reportou essa história em artigo recente no veículo online Agência Pública.
A Salve a Floresta, parceira do povo Ka’apor do Tuxa Ta Pame, conselho de gestão Ka’apor, chegou a fazer uma petição a órgãos do governo brasileiro para que o caso fosse investigado. Até agora, não há qualquer resultado conclusivo. O caso da morte da liderança indígena Sarapó é marcado por uma série de omissões do estado, e pela incansável busca do povo Ka’apor por respostas e justiça.
Leia a reportagem completa aqui: https://apublica.org/2024/04/a-estranha-morte-a-espera-de-resposta-de-uma-lideranca-indigena-ameacada-no-maranhao/
